Mulheres Caminhoneiras: Desbravando Estradas e Derrubando Barreiras

publicado em 13 de março de 2024
Mulheres Caminhoneiras: Desbravando Estradas e Derrubando Barreiras

O mês da mulher é um momento especial para reconhecer e celebrar as conquistas e desafios enfrentados pelas mulheres em diversas esferas da sociedade, especialmente nas estradas. Neste contexto, é crucial destacar a presença crescente e impactante das mulheres no universo dos caminhoneiros, uma profissão tradicionalmente dominada por homens.

Segundo dados do (IBGE), as mulheres representam 51,8% da população brasileira, enquanto os homens são 48,2%. No entanto, quando se trata do setor de transporte de carga, apenas 2,81% das Carteiras Nacionais de Habilitação para veículos pesados pertencem a mulheres. Embora esse número seja modesto, há um aumento notável, como apontado pelo Instituto Paulista do Transporte de Carga, que registrou um crescimento de 61% nas ocupações do setor de transporte rodoviário de carga no Estado de São Paulo em 2021.

É importante denotar que, além das caminhoneiras, existem outras profissionais trabalhando em outras áreas do transporte, especialmente no setor de logística, seja no setor comercial ou gerência. Porém, por ser cargos administrativos, as barreiras, apesar de existentes, são menos perigosas do que os desafios que a mulher caminhoneira enfrenta, muitas vezes sozinha, na estrada.

A primeira caminhoneira do Brasil

Historicamente, as mulheres têm desafiado as estradas do Brasil desde os anos 1950, quando Tia Neiva se tornou a primeira mulher caminhoneira do país. No entanto, essas mulheres enfrentam barreiras significativas em uma profissão marcada por estereótipos e preconceitos de gênero.

O preconceito é uma realidade que as mulheres caminhoneiras enfrentam diariamente. O mito de que as mulheres são motoristas menos habilidosas foi desmascarado por uma pesquisa do Instituto Renault, que revelou que 70% das infrações de trânsito são causadas por homens. Além disso, as mulheres são vítimas frequentes de assédio, um problema agravado pela natureza solitária e desafiadora da profissão.

As condições de trabalho ainda são barreiras fortes na vida das caminhoneiras

As condições de trabalho também representam desafios para as caminhoneiras. A falta de estrutura adequada, especialmente em relação aos locais de parada e descanso, é uma preocupação importante. A infraestrutura inadequada, incluindo banheiros em condições precárias, prejudica a experiência profissional das mulheres caminhoneiras.

A pesquisa da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) destaca a necessidade de aprimorar a segurança e o bem-estar das caminhoneiras. Vagas exclusivas para mulheres em postos de paradas e a instalação de câmeras de segurança nas portas de acesso aos banheiros femininos foram ideias apoiadas pela maioria das entrevistadas.

Strada, ao lado das caminhoneiras

Ao celebrarmos o mês da mulher, é crucial reconhecer a resiliência, coragem e determinação das mulheres caminhoneiras que desafiam as adversidades diárias. 

É fundamental continuar promovendo a igualdade de gênero, derrubando estereótipos e criando ambientes de trabalho mais inclusivos e seguros para todas as mulheres que escolhem trilhar o caminho das estradas brasileiras. 

Que cada quilômetro percorrido por uma mulher caminhoneira seja um passo em direção a um futuro mais igualitário e respeitoso.

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